O 07 de Setembro na Escola
/Luciano Mendes de Faria Filho
As nossas memórias sobre as festas cívicas estão diretamente relacionadas às formas como delas participamos. Ao longo do século XX as festas cívicas se transformavam atividades escolares por excelência. Preparadas, estudadas e vividas nas escolas, tais festas não raramente tomaram o espaço público, invadiram as ruas e se transformaram também em espetáculo públicos oferecidos pelos sujeitos escolares – professoras/es e, sobretudo, alunas/os – para a população.
Os regimes políticos autoritários, como o Estado Novo (1937-1945) e a Ditadura Civil-Militar (1964-1985) forma hábeis em utilizar as festas cívicas e a fácil mobilização dos estudantes para reforçar suas políticas. Para isso, investiram na produção de materiais – livros, revistas, jornais, postais, programas de rádio e televisão, filmes, dentre outros – que buscavam exacerbar o nacionalismo, o patriotismo e o autoritarismo que caracterizam tais regimes.
No texto que indicamos abaixo, a professora Cleide Maciel relata as suas memórias construídas sobre o 07 de setembro em duas posições distintas: como aluna e como professora. A professora relata a mobilização da escola para a festa do 7 de setembro e, ora como aluna, ora como professora, nos instiga a refletir essa festa marca a todos e todas que passaram pelos bancos escolares brasileiros e nos instiga a conhecer mais e melhor a nossa história.
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Para saber mais
A Professora da Nação: as festas cívicas e as escolas na Paraíba, de GENES DUARTE RIBEIRO.
#paratodesverem Numa imagem um pouco desfocada, em primeiro plano, meninos vestindo camisetas regatas brancas e calções azuis desfilam em espaço público. Os dois meninos que estão à frente portam bandeiras – o da esquerda uma bandeira com listas horizontais amarelas e verdes, tendo azul no alto e o da direita uma bandeira somente pode-se ver uma pequena parte na cor banca. Ao fundo é possível ver um imóvel grande e na cor avermelhada em que está escrito: RODOVIÁRIA.