É possível falar em uma independência musical negra?

Monique Ivelise Pires de Carvalho

 

Este texto discutirá a importância das musicalidades afrodiaspóricas, principalmente, a partir da formação do Funk Nacional e do questionamento do ideal de liberdade e libertação, isso em função ao Bicentenário da Independência do Brasil. Esse gênero musical é marcado pelos seus caráteres de resistência, reexistência e inventividade. Dessa forma, o Funk pode ser analisado como uma ferramenta potente para entender as questões raciais no país, já que se refere a uma mudança epistemológica. Trata-se de ver o ritmo como um instrumento discursivo para questionar a realidade e, assim, transformá-la. Também serão expostas algumas problemáticas do ritmo no país, a fim de construir a tão desejada liberdade como uma episteme negra.

acesse material clicando aqui

 

Para saber mais

ALLI, Flávia. Aí não me bate doutor. Portal Geledés, 2011. Disponível em: < https://bityli.com/LSxHiD >. Acesso em: 18. jul. 2022.

BROWN, James. Say it loud – I’m black and i’m proud. Cincinnati: King: 1968. (2:45 min).

DJ MARLBORO. Som de Preto. Rio de Janeiro: Som Livre, 2005. (3:12 min).

ESSINGER, Silvio. Batidão: Uma história do Funk. Rio de Janeiro: Record, 2005.

GILROY, Paul. O Atlântico Negro. Tradução: Cid Knipel Moreira. São Paulo: Editora 34, 2001.

HERSCHMANN, Micael. Abalando aos anos 90: funk e hip-hop, globalização, violência e estilo cultural. Rio de Janeiro: Casa da Palavra, 2011.

LOPES, Adriana Carvalho. Funk quem quiser: no batidão negro da cidade carioca. Tese de doutorado, Campinas: Unicamp, 2010.

LOPES, Nei. O Racismo: explicado aos meus filhos. Rio de Janeiro: Agir, 2007.

MBEMBE, Achille. Necropolítica: biopoder, soberania, estado de exceção, políticas da morte. Tradução: Renata Santini. São Paulo: N-1 Edições, 2018.

MEDEIROS, Janaína. Funk Carioca: crime ou cultura? O som dá medo. E prazer. São Paulo: Editora Terceiro Nome, 2006.

MIZRAHI, Mylene. A Estética Funk Carioca: criação e conectividade em Mr Catra. Rio de Janeiro: 7 Letras, 2014.

SALLES, Écio. Sonoridades da Existência: música, comunicação e produção do comum. Tese de doutorado. Rio de Janeiro: UFRJ, 2009.

TROTTA, Felipe da Costa. A música que incomoda: o funk e o rolezinho. XXIII Encontro Anual da Compós. Universidade Federal do Pará, Belém, 2014. Disponível em: <http://www.rosepepe.com.br/compos/Docs/GT06_COMUNICACAO_E_SOCIABILIDADE/trotta2014_2180.pdf> Acesso em: 18 jul. 2022.

VIANNA, Hermano. O Baile Funk Carioca: festas e estilos de vida metropolitanos. Rio de Janeiro: UFRJ, 1987.

 

Pular para o conteúdo