Nesta trilha, pensaremos as comemorações (com-memor-ações). Para além do acontecimento histórico da independência do Brasil: o canônico 7 de setembro de 1822. Aqui vamos abarcar os conjuntos dos saberes, fazeres, expressões, práticas e seus produtos, que remetem à história, à memória e à identidade nos 200 anos dos Brasis.
Festas e comemorações são um espaço de diversas funções sociais. Prática desde o período colonial, podem ser espaço de inserção na sociedade, criação de mecanismos de resistências aos status quo, podem ser entendidas pelos prismas de fuga ou subversão do controle social imposto. Repleto de simbolismos e rituais, comemorar é compreender uma forma importante da cultura popular, o uso dos espaços públicos, as (re)apropriações de símbolos, memórias e imaginários
Nesse sentido, se pretende, também, problematizar as memórias sobre os caráteres simbólicos e artísticos desses eventos: os patrimônios construídos por diversas instituições e sujeitos, os museus e seus objetos. Cinema, arte, cultura e patrimônios fazem parte desta trilha, assim como produções culturais e seus impactos na formação dos imaginários sociais; semana de arte moderna, exposições internacionais e etc.
Nossa proposta será acolher as várias e diversas atividades, fazeres educativos, reflexões, pesquisas que possam contribuir e potencializar diversos fazeres das/os professoras/es da educação básica, desde a sala de aula, e os movimentos sociais com suas escolas e acampamentos. Desejamos caminhar juntos, potencializando ações com as memórias muitas vezes interditadas, e assim possibilitar suas visibilidades no bicentenário da independência que se avizinha.